quinta-feira, agosto 15, 2013

Sobre a Desnecessidade da Lei

«(...) Se a lei diz: “No caso de renúncia ao mandato, os titulares dos órgãos referidos nos números anteriores não podem candidatar-se nas eleições imediatas nem nas que se realizem no quadriénio imediatamente subsequente à renúncia”, como pode um juiz ter o desplante de corrigir o legislador, fazendo-o dizer uma coisa que ele não disse nem quis dizer?

É por esta e por outras que as instituições perdem prestígio e a democracia se degrada aos olhos do povo que não compreende como pode o órgão que tem por missão assegurar a defesa da legalidade democrática ser o primeiro a violá-la flagrantemente no desempenho da sua função.»

Excerto do post de J.M. Correia Pinto, publicado no blog POLITEIA em 15 de Agosto de 2013, e com o título "A LETRA DA LEI E CARTA DE PAULO PORTAS - Os Tribunais e a Lei". O título deste post é de minha autoria.

Meu comentário: A Justiça faz questão de acompanhar o estado geral do país. Uma lástima!

1 comentário:

Anónimo disse...

Muitas interpretações das leis, pouca política. Desta, apenas sabemos que os dinossáurios passaram a constituir o padrão para avaliar a competência individual e colectiva e a probidade administrativa. Com estas leis, e apesar de muita gente séria, de um lado e de outro, envolvida na sua interpretação, não vamos lá. Esta discussão, muito movimentada a verdete, passa ao lado do necessário, não contribui para o cidadão escolher com critérios que não sejam, em última análise, os da idade e, pior ainda, os de quem lá esteve lá se arranjou. Não é para isto que andamos cá.
Parabéns pelo blogue.