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Durante o Fórum de Cooperação Empresarial Portugal China, que teve lugar durante a recente viagem do governo à China, e perante uma assistência constituída por empresários chineses, o nosso impagável ministro Pinho da Economia, afirmou, mobilizando todos seus poderes persuasivos, que "Portugal é um país competitivo em termos de custos salariais. Os custos salariais são mais baixos do que a média dos países da UE e a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento", como quem diz, venham, venham, que isto aqui é como nos saldos. Uns dias antes, aqui em Portugal, mais exactamente em Sines, esta mesma criatura havia afirmado, para quem o quis ouvir, que para os investidores estrangeiros, Portugal não é apetecível nem competitivo, devido aos nossos “elevados” salários. Não esperava que o governo descesse tão baixo. Chama-se a isto fazer uma figura de triste lá fora, a par de uma triste figura cá dentro. Para consumo interno a verdade é uma, para os lá de fora a verdade é outra. Dentro do país os portugueses ganham muito pelo fraco trabalho que fazem, enquanto que para os lá de fora, estamos de braços abertos para o primeiro empresário que nos leve por dez réis de mel coado, dando uma ideia de como as políticas económicas em Portugal estão ao nível do vendedor da “banha da cobra”. Perante a indignação dos sindicatos e dos partidos da oposição, o ministro Pinho, que se vangloria de ser uma autêntica “força de progresso”, não encontrou melhor resposta para varrer os sindicatos e a oposição, que acusá-los de serem "forças de atraso". O PS correu em defesa da sua dama, catalogando de “estratégica”, a irresponsável intervenção chinesa deste ministro. Será que ainda ninguém percebeu que todas as vezes que o ministro abre a boca, há desastre económico pela certa? Não basta dizer que este ministro é bronco, ou que as vozes do burro não chegam ao céu, quando ele alardeia em cerimónias públicas os baixos salários dos portugueses, como se isso correspondesse a uma simpática imagem de marca. Ou o ministro não sabe o diz, o que é grave, ou é aldrabão, o que é um defeito gravíssimo. Entretanto, é com asnos e asneiradas deste calibre que o governo faz grandiosas visitas ao estrangeiro, para promover o país, as nossas aptidões e vantagens competitivas. Para que conste, e com excepção das tristes figuras, só falta acrescentar que o passeio da comitiva também foi pago por nós.
Durante o Fórum de Cooperação Empresarial Portugal China, que teve lugar durante a recente viagem do governo à China, e perante uma assistência constituída por empresários chineses, o nosso impagável ministro Pinho da Economia, afirmou, mobilizando todos seus poderes persuasivos, que "Portugal é um país competitivo em termos de custos salariais. Os custos salariais são mais baixos do que a média dos países da UE e a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento", como quem diz, venham, venham, que isto aqui é como nos saldos. Uns dias antes, aqui em Portugal, mais exactamente em Sines, esta mesma criatura havia afirmado, para quem o quis ouvir, que para os investidores estrangeiros, Portugal não é apetecível nem competitivo, devido aos nossos “elevados” salários. Não esperava que o governo descesse tão baixo. Chama-se a isto fazer uma figura de triste lá fora, a par de uma triste figura cá dentro. Para consumo interno a verdade é uma, para os lá de fora a verdade é outra. Dentro do país os portugueses ganham muito pelo fraco trabalho que fazem, enquanto que para os lá de fora, estamos de braços abertos para o primeiro empresário que nos leve por dez réis de mel coado, dando uma ideia de como as políticas económicas em Portugal estão ao nível do vendedor da “banha da cobra”. Perante a indignação dos sindicatos e dos partidos da oposição, o ministro Pinho, que se vangloria de ser uma autêntica “força de progresso”, não encontrou melhor resposta para varrer os sindicatos e a oposição, que acusá-los de serem "forças de atraso". O PS correu em defesa da sua dama, catalogando de “estratégica”, a irresponsável intervenção chinesa deste ministro. Será que ainda ninguém percebeu que todas as vezes que o ministro abre a boca, há desastre económico pela certa? Não basta dizer que este ministro é bronco, ou que as vozes do burro não chegam ao céu, quando ele alardeia em cerimónias públicas os baixos salários dos portugueses, como se isso correspondesse a uma simpática imagem de marca. Ou o ministro não sabe o diz, o que é grave, ou é aldrabão, o que é um defeito gravíssimo. Entretanto, é com asnos e asneiradas deste calibre que o governo faz grandiosas visitas ao estrangeiro, para promover o país, as nossas aptidões e vantagens competitivas. Para que conste, e com excepção das tristes figuras, só falta acrescentar que o passeio da comitiva também foi pago por nós.