O senhor Aníbal que é tudo menos um todo-o-terreno da política, atascou-se até ao pescoço com o seu bizarro propósito de compromisso, e não há pedregulho ou cagarra que o salvem. Acabou por falhar o desejado “sentido de responsabilidade, a vontade séria e o empenho em conseguir chegar a um entendimento", por parte do PSD, PS e CDS-PP nas negociações para o tal compromisso de salvação nacional, em que ele estava tão empenhado. Chegou mesmo a Insistir no argumento ameaçador de que há adversários do acordo de salvação nacional, que tudo farão e não irão olhar a meios para que ele não se concretize, continuando a demonstrar com este sobressalto, que convive muito mal com a diversidade de ideias e opiniões, em resumo, com a própria democracia. A cavacal lenga-lenga chegou ao ponto de se servir dos sindicatos e das associações patronais como escudos-humanos, para nos fazer crer que agarrados à troika é que estamos bem, muito embora tenhamos que abrir mão de mais umas quantas coisitas, para aliviarmos o Estado dos tais encargos de 4,7 mil milhões de euros.
Hoje, na sua comunicação ao país, continuou a insistir na ideia de que as eleições antecipadas são uma incerteza, uma solução perversa e desestabilizadora, recheada de perigos, apenas servindo para desperdiçar os sacrifícios feitos até aqui, podendo levar a perigosas mudanças de rumo do resgate. Portanto, e com o seu beneplácito, o Governo que estava é para continuar até ao fim da legislatura (2015), mas é preciso que tenham muito juízo e sejam bem comportados, devendo para já apresentar uma moção de confiança, para todos ficarmos descansados. Cavaco, se já andava com os pés inchados, ficou pior. Vai ter dificuldade em descalçar as botas, e para já, não se livra de ser acusado de ser o chefe e protector da quadrilha de malfeitores que continua por aí à solta.