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O amigo “bloger” do site CAXINAS… que teve a “ousadia” de aproveitar as fotos do meu “post” sobre os HERÓIS DO MAR, fez muito bem ter-se apropriado, e está perdoado. Em minha opinião, estes pequenos tesouros (as fotos da campanha do lugre LABRADOR, em 1939) são para serem partilhados. Falta apenas explicar a origem das fotos, coisa que nada tem de misterioso. Meu pai, em princípio dos anos 1940 trabalhou no Grémio dos Armadores da Pesca do Bacalhau. Já não me lembro de qual era a sua função, mas sei que se deslocava assiduamente e convivia com muita gente relacionada com a faina, desde as “secas” do Seixal até à Costa Nova, Aveiro e Ílhavo. Aquelas fotografias foram muitas vezes exibidas em reuniões de família, só que nunca soube (ou não me lembro) quem as deu a meu pai. Ele, porém, comportou-se como um fiel depositário. Uma a uma, estavam todas documentadas no verso, com a data e o nome do LABRADOR sempre bem visível. Entretanto, continua a persistir o mistério de quem foi o seu autor. Falecido o meu pai e revisitado o espólio de velhos álbuns de fotografias, chegou a altura de aproveitar os benefícios da NET e entregar aquelas imagens únicas ao domínio público. Voltando ao meu pai, direi apenas que a sua curta passagem por aquele emprego no Grémio foi de tal modo impregnante que, era eu ainda um petiz, alimentado a caldos de farinha Maizena, Amparo e Trinta e Três, e já o meu pai tinha elegido a posta de bacalhau com batatas e couve-flor, como o seu pequeno-almoço de eleição, coisa que me deixava incrédulo. Embora sem pitada de bacalhau no meu ADN, o pior momento do dia era quando era obrigado a ingerir uma colher de sopa do repugnante óleo de fígado de bacalhau, considerado um soberbo suplemente alimentar. Talvez por isso, tomei-lhe o gosto e não enjeitei o desafio. Hoje, sou capaz de me alimentar com bacalhau, 2 vezes por dia, 365 dias no ano, sem enjoar, como talvez não enjoassem os caxineiros, durante as suas duríssimas vidas, nos longos meses de heróica Faina Maior.
O amigo “bloger” do site CAXINAS… que teve a “ousadia” de aproveitar as fotos do meu “post” sobre os HERÓIS DO MAR, fez muito bem ter-se apropriado, e está perdoado. Em minha opinião, estes pequenos tesouros (as fotos da campanha do lugre LABRADOR, em 1939) são para serem partilhados. Falta apenas explicar a origem das fotos, coisa que nada tem de misterioso. Meu pai, em princípio dos anos 1940 trabalhou no Grémio dos Armadores da Pesca do Bacalhau. Já não me lembro de qual era a sua função, mas sei que se deslocava assiduamente e convivia com muita gente relacionada com a faina, desde as “secas” do Seixal até à Costa Nova, Aveiro e Ílhavo. Aquelas fotografias foram muitas vezes exibidas em reuniões de família, só que nunca soube (ou não me lembro) quem as deu a meu pai. Ele, porém, comportou-se como um fiel depositário. Uma a uma, estavam todas documentadas no verso, com a data e o nome do LABRADOR sempre bem visível. Entretanto, continua a persistir o mistério de quem foi o seu autor. Falecido o meu pai e revisitado o espólio de velhos álbuns de fotografias, chegou a altura de aproveitar os benefícios da NET e entregar aquelas imagens únicas ao domínio público. Voltando ao meu pai, direi apenas que a sua curta passagem por aquele emprego no Grémio foi de tal modo impregnante que, era eu ainda um petiz, alimentado a caldos de farinha Maizena, Amparo e Trinta e Três, e já o meu pai tinha elegido a posta de bacalhau com batatas e couve-flor, como o seu pequeno-almoço de eleição, coisa que me deixava incrédulo. Embora sem pitada de bacalhau no meu ADN, o pior momento do dia era quando era obrigado a ingerir uma colher de sopa do repugnante óleo de fígado de bacalhau, considerado um soberbo suplemente alimentar. Talvez por isso, tomei-lhe o gosto e não enjeitei o desafio. Hoje, sou capaz de me alimentar com bacalhau, 2 vezes por dia, 365 dias no ano, sem enjoar, como talvez não enjoassem os caxineiros, durante as suas duríssimas vidas, nos longos meses de heróica Faina Maior.