I
Aconselho vivamente a leitura do ensaio histórico do investigador Vasco Pulido Valente, recentemente publicado com o sugestivo título de “Ir Prò Maneta” (Alêtheia Editores, 2007). Relata e traça um pormenorizado retrato dos vários estratos sociais portugueses, das suas motivações e forma como enfrentaram as invasões dos exércitos napoleónicos - com especial relevo para a primeira, comandada pelo general Junot em 1808 - em inusitadas insurreições e levantamentos patrióticos, sem esquecer que quando os ingleses desembarcaram em Lavos, perto da Figueira da Foz, para nos virem ajudar, já o povo amotinado, de norte a sul, apenas armado de paus, chuços e piques, tinha libertado nove décimos do país.
Duzentos anos depois, os portugueses bem podem reflectir e tirar algumas conclusões sobre o comportamento dos nossos antepassados. O conhecimento da História também tem essa prodigiosa função que é a de, em momentos muito precisos, perante outros tipos de pilhagens e sevícias, ajudar a reanimar a identidade, a combatividade e a auto-estima dos povos.
Aconselho vivamente a leitura do ensaio histórico do investigador Vasco Pulido Valente, recentemente publicado com o sugestivo título de “Ir Prò Maneta” (Alêtheia Editores, 2007). Relata e traça um pormenorizado retrato dos vários estratos sociais portugueses, das suas motivações e forma como enfrentaram as invasões dos exércitos napoleónicos - com especial relevo para a primeira, comandada pelo general Junot em 1808 - em inusitadas insurreições e levantamentos patrióticos, sem esquecer que quando os ingleses desembarcaram em Lavos, perto da Figueira da Foz, para nos virem ajudar, já o povo amotinado, de norte a sul, apenas armado de paus, chuços e piques, tinha libertado nove décimos do país.
Duzentos anos depois, os portugueses bem podem reflectir e tirar algumas conclusões sobre o comportamento dos nossos antepassados. O conhecimento da História também tem essa prodigiosa função que é a de, em momentos muito precisos, perante outros tipos de pilhagens e sevícias, ajudar a reanimar a identidade, a combatividade e a auto-estima dos povos.