.
Pinto de Sousa, também conhecido por José Sócrates, escreveu (terá sido mesmo ele?) um texto que não é mais do que um exercício de descarada propaganda política, que a direcção do JORNAL DE NOTÍCIAS, reverente e obedientemente deixou publicar, como se de um artigo de OPINIÃO se tratasse.
Fazer um exame ao dito, parece-me uma perda de tempo, atendendo a que é um vazio, sobretudo de ideias, acrescido de algum «copy-past» da habitual cassete socretina. Porém, não resisto a realçar dois ou três pontos:
O primeiro-ministro, que por coincidência também é o secretário-geral do PS volta a repetir-se com a desculpa do espectro da crise que veio de fora, recusando-se a admitir que há uma crise indisfarçável e genuinamente portuguesa, que ele despreza e olha de soslaio, remediando-a com muita propaganda e conversa fiada, sem fim à vista. Diz mesmo, com a lábia do costume, que neste momento de crise mundial, os Portugueses precisam de um Governo competente, com um rumo claro, uma agenda conhecida e condições de coerência e estabilidade. Até Campos e Cunha, o seu ex-ministro das Finanças, veio contradizê-lo, dizendo em entrevista que a governação daquele senhor foi tecnicamente errada e arrogante, que as políticas seguidas de combate à crise lhe parecem desajustadas, e as medidas para o período pós-crise ainda mais desajustadas. Diz mesmo que a crise não explica tudo, e que a crise internacional funciona como uma espécie de cortina de fumo sobre as nossas debilidades. Quando aquela acabar, a crise nacional vai ressurgir, exacerbada por algumas medidas erradas de política contra a crise.
Indiferente a isto e outras coisas, o primeiro-ministro, que por coincidência também é o secretário-geral do PS, está agora mais empenhado em reposicionar-se à esquerda no cenário político português, vincando as diferenças entre a sua governação e as que foram levadas a cabo pela direita, quando essas dissemelhanças apenas divergem na forma e não nos objectivos, sendo que, praticamente, quase nada as distingue.
O primeiro-ministro, que por coincidência também é o secretário-geral do PS, insiste nessa tecla e diz que não pertence àquela esquerda que se limita a protestar (isto é puro logro ou falta de informação), dispensando-se da maçada de contribuir para a solução de qualquer problema, mas sim daquela que quer responder aos problemas e às necessidades das pessoas, com base num novo compromisso, que na minha opinião não passa do velho compromisso, porém recauchutado. Além disso, e na verdade, ele não é um homem de esquerda; diz e finge que é qualquer coisa, desde que essa qualquer coisa o mantenha agarrado ao poleiro, seja ele que poleiro for.
Ora o primeiro-ministro, que por sinal também é o secretário-geral do PS, não pode tratar o país como se fosse um grupo de patetas, comportando-se como se tivesse chegado agora, inocente e imaculado, à ribalta do poder, e voltar a prometer, como se fosse uma cópia a papel químico, aquilo que já prometeu uma vez, e que entretanto não cumpriu (ou cumpriu ao contrário).
É habitual dizer-se que os políticos (quando o são), depois de uma má experiência, estão destinados a fazerem uma travessia do deserto (em sentido figurado, claro está!) para reflectirem e se purgarem dos erros cometidos, e deixarem que a sua imagem negativa se dissipe perante a opinião pública, esse alvo que os profissionais do marketing político tanto se esforçam por manipular. Sócrates na sua infinita arrogância, auto-convencimento e vocação para o embuste, não sei se conseguirá fazer essa jornada, porque no seu caso, e não vem agora para o caso referir todas as causa, ele terá que atravessar, não um, mas vários desertos.
Por isso, o eleitorado vai ter que dizer a este senhor, com muita convicção e determinação, que este país não quer ser uma jangada meio desconjuntada ao sabor das correntes, e que José Sócrates, o seu suposto, querido, enérgico e destemido timoneiro, é perfeitamente dispensável.
Pinto de Sousa, também conhecido por José Sócrates, escreveu (terá sido mesmo ele?) um texto que não é mais do que um exercício de descarada propaganda política, que a direcção do JORNAL DE NOTÍCIAS, reverente e obedientemente deixou publicar, como se de um artigo de OPINIÃO se tratasse.
Fazer um exame ao dito, parece-me uma perda de tempo, atendendo a que é um vazio, sobretudo de ideias, acrescido de algum «copy-past» da habitual cassete socretina. Porém, não resisto a realçar dois ou três pontos:
O primeiro-ministro, que por coincidência também é o secretário-geral do PS volta a repetir-se com a desculpa do espectro da crise que veio de fora, recusando-se a admitir que há uma crise indisfarçável e genuinamente portuguesa, que ele despreza e olha de soslaio, remediando-a com muita propaganda e conversa fiada, sem fim à vista. Diz mesmo, com a lábia do costume, que neste momento de crise mundial, os Portugueses precisam de um Governo competente, com um rumo claro, uma agenda conhecida e condições de coerência e estabilidade. Até Campos e Cunha, o seu ex-ministro das Finanças, veio contradizê-lo, dizendo em entrevista que a governação daquele senhor foi tecnicamente errada e arrogante, que as políticas seguidas de combate à crise lhe parecem desajustadas, e as medidas para o período pós-crise ainda mais desajustadas. Diz mesmo que a crise não explica tudo, e que a crise internacional funciona como uma espécie de cortina de fumo sobre as nossas debilidades. Quando aquela acabar, a crise nacional vai ressurgir, exacerbada por algumas medidas erradas de política contra a crise.
Indiferente a isto e outras coisas, o primeiro-ministro, que por coincidência também é o secretário-geral do PS, está agora mais empenhado em reposicionar-se à esquerda no cenário político português, vincando as diferenças entre a sua governação e as que foram levadas a cabo pela direita, quando essas dissemelhanças apenas divergem na forma e não nos objectivos, sendo que, praticamente, quase nada as distingue.
O primeiro-ministro, que por coincidência também é o secretário-geral do PS, insiste nessa tecla e diz que não pertence àquela esquerda que se limita a protestar (isto é puro logro ou falta de informação), dispensando-se da maçada de contribuir para a solução de qualquer problema, mas sim daquela que quer responder aos problemas e às necessidades das pessoas, com base num novo compromisso, que na minha opinião não passa do velho compromisso, porém recauchutado. Além disso, e na verdade, ele não é um homem de esquerda; diz e finge que é qualquer coisa, desde que essa qualquer coisa o mantenha agarrado ao poleiro, seja ele que poleiro for.
Ora o primeiro-ministro, que por sinal também é o secretário-geral do PS, não pode tratar o país como se fosse um grupo de patetas, comportando-se como se tivesse chegado agora, inocente e imaculado, à ribalta do poder, e voltar a prometer, como se fosse uma cópia a papel químico, aquilo que já prometeu uma vez, e que entretanto não cumpriu (ou cumpriu ao contrário).
É habitual dizer-se que os políticos (quando o são), depois de uma má experiência, estão destinados a fazerem uma travessia do deserto (em sentido figurado, claro está!) para reflectirem e se purgarem dos erros cometidos, e deixarem que a sua imagem negativa se dissipe perante a opinião pública, esse alvo que os profissionais do marketing político tanto se esforçam por manipular. Sócrates na sua infinita arrogância, auto-convencimento e vocação para o embuste, não sei se conseguirá fazer essa jornada, porque no seu caso, e não vem agora para o caso referir todas as causa, ele terá que atravessar, não um, mas vários desertos.
Por isso, o eleitorado vai ter que dizer a este senhor, com muita convicção e determinação, que este país não quer ser uma jangada meio desconjuntada ao sabor das correntes, e que José Sócrates, o seu suposto, querido, enérgico e destemido timoneiro, é perfeitamente dispensável.