quinta-feira, julho 29, 2010

Free Qualquer Coisa

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AFINAL o caso Freeport não passou de um grande mal entendido, mais exactamente um Free Qualquer Coisa. Há corruptores activos mas não há corruptores passivos, deu-se o dito por não dito, perdeu-se a pista de muitos milhões de euros destinados a comprar favores e facilidades, chamaram-se tios, primos e mais uns quantos camaradas para prestarem declarações, perdeu-se o fio à meada de encontros e desencontros, trocas e baldrocas, bem como de muitas coisas mais. Porém, tudo aquilo que foi investigado, tudo aquilo que foi falado, acaba por limitar-se a 2 (dois) arguidos acusados de extorsão, sob a forma tentada. Muito embora houvessem vestígios de corrupção, isso não foi suficiente para que se tirassem conclusões. Tudo o resto não passa de um filme de ficção, pois até a polícia inglesa se apercebeu que aquilo era uma açorda à boa maneira portuguesa. Ora bem, considerando que os senhores Procuradores da República, deveriam ser os olhos, os ouvidos e o escrúpulo ético do regime democrático, com o trabalho que (não) fizeram, com as barreiras que levantaram, bem podem limpar as mãos à parede, logo, não esperemos que seja abençoado, o país que tais filhos tem.
Como era de esperar, Sócrates, o insuperável comediante-arquitecto-ambientalista-engenheiro incompleto, perante tão fracos resultados, não esperou pela demora e correu a congratular-se.

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