O jornal PÚBLICO de hoje diz o seguinte:
«A fortuna dos 25 mais ricos de Portugal aumentou 17,8 por cento, somando 17,4 mil milhões de euros [isto é, 10,1% do PIB nacional], revela a lista anual da revista EXAME, liderada por Américo Amorim. Após três anos consecutivos de queda [isto é, de crise e recessão], os bilionários conseguiram aumentar os seus activos.»
Esclarecida a dúvida se é a revista EXAME, propriamente dita, ou a lista por ela publicada que é liderada por Américo Amorim (a língua portuguesa é cada vez tratada com menos rigor), apenas falta concluir que o aumento da fortuna dos "nossos" bilionários não tem nada a ver com a máquina de fazer excêntricos dos Jogos da Santa Casa. São sim grandes accionistas, de grandes grandes empresas da energia, petróleos, comunicações, construção, banca, distribuição, etc, que ao contrário do cidadão contribuinte e pagador de crises, têm habitualmente os seus ganhos e pecúlios protegidos da fúria fiscal dos governos, dos fazedores de impostos extraordinários e da eficácia dos cobradores de impostos.
Além de as crises continuarem a ser óptimas “desculpas” para fazer bons “negócios”, volta a deixar-se a pergunta no ar: - Quantos mais pobres são precisos para fazer um rico, cada vez mais rico?
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