"Questões de moralidade não estão aqui envolvidas", respondeu Vítor Constâncio, vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e ex-secretário geral do Partido Socialista, quando a eurodeputada Marisa Matias lhe perguntou se os lucros que estão a ser obtidos pelo BCE à custa dos programas de austeridade impostos aos países em dificuldades "não são o contrário da retórica da solidariedade".
O diálogo decorreu em Bruxelas na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu. A eurodeputada da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleita pelo Bloco de Esquerda perguntou diretamente a Constâncio se "não acha que é imoral o BCE estar a obter lucros às custas das situações difíceis que os países estão a enfrentar"? Se não acha que se trata de "uma transferência financeira de um Estado membro em dificuldades para a generalidade dos Estados membros, o contrário da retórica da solidariedade"?
Marisa Matias lembrou, na introdução às perguntas, que os lucros do Banco Central Europeu aumentaram 300 milhões de euros em 2012 em relação a 2011 e que a instituição teve receitas de 1.100 milhões de euros na aquisição de títulos de dívida no âmbito dos programas ditos de ajuda aos países em dificuldades. Estes valores não foram contestados pelo vice-presidente do BCE.
Transcrição parcial do reporte publicado no site THE WEEK (do Grupo Parlamentar da Esquerda Unitária Europeia e Esquerda Verde Nórdica) de 27-ABR-2013
Meu comentário: Discursar sobre ética é sempre um acto de grande elevação, já aplicá-la nos negócios, sobretudo de cariz financeiro, é uma coisa sem pés nem cabeça, ou como diria a “entertainer” Tereza Guilherme, quem tem moral passa fome, com a agravante que no caso dos bancos a fome é muito especial.
O diálogo decorreu em Bruxelas na Comissão de Assuntos Económicos e Monetários (ECON) do Parlamento Europeu. A eurodeputada da Esquerda Unitária (GUE/NGL) eleita pelo Bloco de Esquerda perguntou diretamente a Constâncio se "não acha que é imoral o BCE estar a obter lucros às custas das situações difíceis que os países estão a enfrentar"? Se não acha que se trata de "uma transferência financeira de um Estado membro em dificuldades para a generalidade dos Estados membros, o contrário da retórica da solidariedade"?
Marisa Matias lembrou, na introdução às perguntas, que os lucros do Banco Central Europeu aumentaram 300 milhões de euros em 2012 em relação a 2011 e que a instituição teve receitas de 1.100 milhões de euros na aquisição de títulos de dívida no âmbito dos programas ditos de ajuda aos países em dificuldades. Estes valores não foram contestados pelo vice-presidente do BCE.
Transcrição parcial do reporte publicado no site THE WEEK (do Grupo Parlamentar da Esquerda Unitária Europeia e Esquerda Verde Nórdica) de 27-ABR-2013
Meu comentário: Discursar sobre ética é sempre um acto de grande elevação, já aplicá-la nos negócios, sobretudo de cariz financeiro, é uma coisa sem pés nem cabeça, ou como diria a “entertainer” Tereza Guilherme, quem tem moral passa fome, com a agravante que no caso dos bancos a fome é muito especial.