FICÁMOS a saber que Cavaco Silva, sempre que escreve (ou manda escrever) um discurso, é norteado por uma grande preocupação: que sejam usadas sempre as mesmas palavras, para que não se diga que hoje diz uma coisa e amanhã outra. Disse mesmo que muitos nem perceberam, por distração, que ele tinha utilizado no discurso proferido nas comemorações dos 39 anos do 25 de Abril, as mesmas palavras que tinha utilizado na mensagem de Ano Novo. Embora saiba que em duas frases distintas, se usarmos as mesmas palavras, porém com outra ordem e pontuação, o sentido delas pode ser substancialmente diferente, Sua Impertinência insiste em tomar-nos por distraídos, tolos e ignorantes.
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