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Lisboa - Museu Militar
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O edifício onde se encontram sediadas as várias dependências do Museu Militar é portador de memórias passadas que nos remetem para outras construções que, alvo de várias vicissitudes, humanas ou naturais, foram sofrendo alterações e profundas destruições ao longo de décadas.Os documentos mais antigos remetem-nos para umas construções que aproveitaram uma porção de terreno na parte oriental da cidade, junto, mas exteriores, á muralha fernandina, à beira rio, originadas a partir do fôlego das descobertas, no seu pico máximo, atingido no reinado de D. Manuel I. A existência de cinco armazéns ou casas fabris onde se fundia metal poderão ter existido nestes dois locais, tendo D. João III e D. Sebastião continuado e melhorado estas obras. A denominação de Tercenas das Portas da Cruz deve-se à sua proximidade a esta porta de saída da antiga muralha fernandina.Pelas cartas de quitação do rei D. Manuel as obras de fundação das tercenas terão ocorrido no ano de 1488, e teriam sido prosseguidas nos anos de 1516 e 1517.O troço de muralha fernandina que ia da Porta da Cruz e descia ao rio, inflectindo para o Postigo da Pólvora, teria sido demolido para a construção das Tercenas, não se encontrando hoje vestígios visíveis. Estes edifícios das tercenas privilegiavam da sua localização à beira rio, na altura em que o centro da cidade de Lisboa, com grande importância no séc. XV, se muda para os locais ribeirinhos, onde se assistia a uma nova dimensão de grande impulso ao comércio. As tercenas destinar-se-iam a armazenar o material de guerra e teriam oficinas para a fabricação de pólvora. As oficinas para a fundição de artilharia localizavam-se no piso térreo das edificações, denominadas por Fundição de Baixo.
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FCom o domínio da coroa de Castela os armazéns e fundição vão ser despojados de muito do seu material de artilharia e outras peças de valor. Neste período a denominada Fundição de Baixo passou a ser conhecida por Fundição dos Castelhanos, laborando só para os espanhóis. Em 1640, face à necessidade de incrementar o fabrico de armamento, foi criada a Tenência, sob a dependência da Junta dos Três Estados, com o objectivo de garantir o fabrico, aquisição, guarda, conservação e distribuição de armamento, artilharia e outro material, para as forças terrestres e armadas. A Repartição da Tenência estaria sediada por cima das oficinas da Fundição de Baixo (caves), sob a chefia de um tenente-general de artilharia do reino, na ocasião Rui Correia Lucas.Durante o século XVII a Fundição foi sendo objecto de várias obras e aperfeiçoamentos. Como o edifício não tinha possibilidade de se expandir pelo espaço onde se encontrava e a necessidade de acorrer às solicitações do exército levou à criação de outros estabelecimento nos terrenos mais próximos, como a Fundição de Cima, por ordem do rei D. João V.Em Junho de 1726 os edifícios onde se encontrava a Tenência foram alvo de um incêndio, que durou oito dias, destruindo grande parte das construções. D. João V demonstra interesse por este edifício ordenando a sua reedificação. Nomeia para o risco exterior o arquitecto francês Fernando de Larre, destacando-se do seu trabalho o imponente pórtico da entrada principal.
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FA obra ainda não concluída, muito em parte devido à morte de D. João V, acaba por sofrer mais destruições com o terramoto de 1de Novembro de 1755. No ano de 1775 as construções situadas no lado norte são cortadas pela abertura de uma rua para permitir a passagem da zorra que transportou a estátua equestre do rei D. José I da Fundição de Cima para a actual Praça do Comércio. Em 1760 foi mandado concluir o novo edifício por ordem de marquês de Pombal sob a direcção do tenente general francês Ferdinand de Chegaray e de seguida com orientações de Amaro Barreto e tenentes generais Manuel Gomes Carvalho e Bartolomeu da Costa.
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Por determinação do conde de Lippe, pelo alvará de 24 de Março de 1764, a Tenência passa a denominar-se por Real Arsenal do Exército. Nesta data o edifício é restaurado, sendo composto, na altura, por um piso térreo e um 1º andar com cinco "salas de armas" e uma com saída para um pátio a leste (actual Pátio dos Canhões).Em 1791 o Alvará de 21 de Outubro estabeleceu um regulamento pelo qual se deveriam reger os Arsenais Reais do Exército e Intendência Geral da Fundição de Artilharia e Laboratórios de Instrumentos Bélicos, sob a inspecção da Junta da Fazenda dos Três Estados.A principal repartição do Arsenal do exército situava-se no edifício da extinta Tenência, antiga Fundição de Baixo. Mas este edifício continuou a funcionar como depósito de peças de artilharia, espingardas e outras armas de fogo e brancas, armaduras antigas, bandeiras estrangeiras, troféus de vitórias dos portugueses e os bustos de personagens que se destacaram nos feitos históricos. Os quadros, pinturas, e estátuas, que embelezam as salas de armas e a escada principal do edifício são obras de artistas portugueses dos finais do século XVIII. As instalações do arsenal do exército não se encontravam num único edifício mas estavam compreendidas em várias dependências. A melhor forma de descrever este conjunto de edifícios por onde se encontravam as oficinas de fabrico de armamento, equipamentos e outros objectos é dada pelo Panorama "(…) corpo com os membros dispersos."
Em 1800 a actividade do Arsenal, sob a direcção do tenente general Bartolomeu da Costa, sofreu um grande incremento. Com a sua morte assiste-se a nova regressão. A sua situação é melhorada por acção de D. Pedro IV que, em 24 de Julho de 1833, determina a extinção da Junta dos três Estados e entrega a direcção do arsenal a um Inspector.O arsenal do exército, segundo o regulamento provisório de 1 de Julho de 1834 é definido como "estabelecimento do estado que tem por objecto fabricar, conservar e fornecer armas, máquinas de guerra, munições e outros objectos, que são inerentes ao uso do exército". Pelo mesmo Regulamento o Arsenal sofreu reformas e melhoramentos, sob a direcção dos inspectores coronel Leão, generais barão de Ovar e barão de Monte Pedral.Em 1927 o Arsenal do Exército é extinto.
FPor determinação do conde de Lippe, pelo alvará de 24 de Março de 1764, a Tenência passa a denominar-se por Real Arsenal do Exército. Nesta data o edifício é restaurado, sendo composto, na altura, por um piso térreo e um 1º andar com cinco "salas de armas" e uma com saída para um pátio a leste (actual Pátio dos Canhões).Em 1791 o Alvará de 21 de Outubro estabeleceu um regulamento pelo qual se deveriam reger os Arsenais Reais do Exército e Intendência Geral da Fundição de Artilharia e Laboratórios de Instrumentos Bélicos, sob a inspecção da Junta da Fazenda dos Três Estados.A principal repartição do Arsenal do exército situava-se no edifício da extinta Tenência, antiga Fundição de Baixo. Mas este edifício continuou a funcionar como depósito de peças de artilharia, espingardas e outras armas de fogo e brancas, armaduras antigas, bandeiras estrangeiras, troféus de vitórias dos portugueses e os bustos de personagens que se destacaram nos feitos históricos. Os quadros, pinturas, e estátuas, que embelezam as salas de armas e a escada principal do edifício são obras de artistas portugueses dos finais do século XVIII. As instalações do arsenal do exército não se encontravam num único edifício mas estavam compreendidas em várias dependências. A melhor forma de descrever este conjunto de edifícios por onde se encontravam as oficinas de fabrico de armamento, equipamentos e outros objectos é dada pelo Panorama "(…) corpo com os membros dispersos."
Em 1800 a actividade do Arsenal, sob a direcção do tenente general Bartolomeu da Costa, sofreu um grande incremento. Com a sua morte assiste-se a nova regressão. A sua situação é melhorada por acção de D. Pedro IV que, em 24 de Julho de 1833, determina a extinção da Junta dos três Estados e entrega a direcção do arsenal a um Inspector.O arsenal do exército, segundo o regulamento provisório de 1 de Julho de 1834 é definido como "estabelecimento do estado que tem por objecto fabricar, conservar e fornecer armas, máquinas de guerra, munições e outros objectos, que são inerentes ao uso do exército". Pelo mesmo Regulamento o Arsenal sofreu reformas e melhoramentos, sob a direcção dos inspectores coronel Leão, generais barão de Ovar e barão de Monte Pedral.Em 1927 o Arsenal do Exército é extinto.
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A origem do museu remonta ao ano de 1842 associado ao nome do tenente general José Baptista da Silva Lopes, barão de Monte Pedral, nomeado inspector do Arsenal em 27 de Março de 1840, determinando a "classificação de modelos de máquinas e aparelhos raros e curiosos que existiam no arsenal do Exército" na Repartição de Stª Clara. A acção do capitão Castelo Branco passa também pelo melhoramento das salas existentes para poderem receber os objectos museológicos, convidando os mais insignes artistas nacionais dos finais do século XIX, princípios do século XX, como Colombano, Condeixa, Veloso Salgado, Malhoa, Carlos Reis e outros. Outra preocupação passou pela catalogação dos objectos e sua exposição adequada a época.A fachada da ala oriental é fechada em 1905, erigindo-se um imponente portal, ladeado por colunas de capiteis da ordem coríntia e encimado por um frontão interrompido por um grupo escultórico alegórico da autoria do escultor gaiense, Teixeira Lopes.
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A origem do museu remonta ao ano de 1842 associado ao nome do tenente general José Baptista da Silva Lopes, barão de Monte Pedral, nomeado inspector do Arsenal em 27 de Março de 1840, determinando a "classificação de modelos de máquinas e aparelhos raros e curiosos que existiam no arsenal do Exército" na Repartição de Stª Clara. A acção do capitão Castelo Branco passa também pelo melhoramento das salas existentes para poderem receber os objectos museológicos, convidando os mais insignes artistas nacionais dos finais do século XIX, princípios do século XX, como Colombano, Condeixa, Veloso Salgado, Malhoa, Carlos Reis e outros. Outra preocupação passou pela catalogação dos objectos e sua exposição adequada a época.A fachada da ala oriental é fechada em 1905, erigindo-se um imponente portal, ladeado por colunas de capiteis da ordem coríntia e encimado por um frontão interrompido por um grupo escultórico alegórico da autoria do escultor gaiense, Teixeira Lopes.
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Em 1926 a denominação do Museu é alterada para Museu Militar. O edifício do Museu encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público, por Decreto de 25.10.1963.
DFotos de Fernando Torres.
Resenha histórica extraída do site do Museu Militar em http://www.geira.pt/mmilitar/
2 comentários:
Está quase surpreendente :)
Grande abraço
Know nothing about the board..
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