“…
Tenho sempre presente uma frase de Albert Speer, nas “Memórias” que escreveu nos anos 70, e que é uma frase terrível porque é verdadeira – “O nazismo foi uma coisa horrorosa, sou o primeiro a reconhecer (depois de 25 anos passados na prisão), mas uma coisa tenho por certa, quando “isto” se repetir, será muito pior!” Referia-se ele ao tremendo poder e à eficácia das novas tecnologias, das descobertas científicas e genéticas, dos bancos de dados…
Tudo isto pode vir a dar um conglomerado político-social-tecnológico do género da tal repetição de um fenómeno totalitário, que Albert Speer, com algum conhecimento interno do nazismo, previa como uma coisa medonha. Se analizarmos o sistema de satélites, as telecomunicações, a influência da televisão, vemos como os meios para o totalitarismo são muito superiores aos de há 50 anos. E ainda por cima são manuseáveis por muitos. Um dia, se disparar a loucura totalitária, será tremendo. Pode-se também referir, como é evidente, os aspectos positivos destes avanços tecnológicos. Mas o que eu acho é que não há um acompanhamento cultural dessas descobertas, dessa difusão tecnológica.
…”
Extractos de uma entrevista concedida por José Medeiros Ferreira à revista PÚBLICA, em Maio de 2003
Tenho sempre presente uma frase de Albert Speer, nas “Memórias” que escreveu nos anos 70, e que é uma frase terrível porque é verdadeira – “O nazismo foi uma coisa horrorosa, sou o primeiro a reconhecer (depois de 25 anos passados na prisão), mas uma coisa tenho por certa, quando “isto” se repetir, será muito pior!” Referia-se ele ao tremendo poder e à eficácia das novas tecnologias, das descobertas científicas e genéticas, dos bancos de dados…
Tudo isto pode vir a dar um conglomerado político-social-tecnológico do género da tal repetição de um fenómeno totalitário, que Albert Speer, com algum conhecimento interno do nazismo, previa como uma coisa medonha. Se analizarmos o sistema de satélites, as telecomunicações, a influência da televisão, vemos como os meios para o totalitarismo são muito superiores aos de há 50 anos. E ainda por cima são manuseáveis por muitos. Um dia, se disparar a loucura totalitária, será tremendo. Pode-se também referir, como é evidente, os aspectos positivos destes avanços tecnológicos. Mas o que eu acho é que não há um acompanhamento cultural dessas descobertas, dessa difusão tecnológica.
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Extractos de uma entrevista concedida por José Medeiros Ferreira à revista PÚBLICA, em Maio de 2003
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