segunda-feira, dezembro 14, 2009

Muito Mentiroso (2)

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EM DECLARAÇÕES à BBC, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, (finalmente) não considerou essenciais as provas de que (não) havia armas de destruição em massa no Iraque de Saddam Hussein. Em 2003, o que ele pretendia mesmo, a par do seu "irmão do peito" George W.Bush, era intervir militarmente, invadir o país, derrubar e liquidar o ditador, sem "recorrer a outros argumentos". Neste caso, também uma mentira (ou mais exactamente, uma suspeita não provada e depois desacreditada) serviu para desencadear uma guerra, a que falta, porque ainda em curso, contabilizar os mortos, os prejuízos morais e materiais, e outras prometidas vantagens, além de tirar a limpo porque ocorreu o suicídio do dr. David Kelly, especialista naquele tipo de armas, o qual foi denunciado por alguém do governo Blair, como o homem que tinha passado à BBC a informação de que o executivo de Tony Blair tinha exagerado deliberadamente o perigo das supostas armas de destruição em massa de Saddam Hussein. Aquela guerra, fabricada ou não, veio na altura certa, em auxílio dos complexos militares-industriais, sempre necessitados de renovar os stocks e manter em funcionamento as linhas de montagem, permitindo que continuassem a facturar. Quanto ao fluxo do petróleo, esse também ficou garantido. À conta disto, e se não lhes faltar a coragem, os ingleses têm umas contas para acertar com Tony Blair, um cavalheiro pseudo-trabalhista que governou o Reino Unido entre 1997 e 2007.

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