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OBAMA recebeu um presente envenenado da administração Bush, e agora confronta-se com outro presente envenenado: o Prémio Nobel da Paz. Não gostei do seu discurso, embora bem estruturado, mas demasiado fundamentado em factos históricos, virado para agradar a gregos e troianos, foi uma coisa que se baseou no controverso princípio da "guerra justa" ou "direito à guerra", que serve de embrulho para justificar quase tudo, desde o conceito humanitário de estar-se a fazer a guerra para alcançar a paz, ou não haver alternativa entre empunhar a espada e a capitulação, quando o orgulho nem sequer considera a opção de negociar. Verdade seja dita, se eu estivesse no seu lugar, não sei o que diria, sei lá, que via no prémio, não uma recompensa, mas sim um incentivo. Também entregaria o dinheiro a organizações de apoio a carenciados, pois aquele é dinheiro que queima, tanto ou mais que as munições de urânio empobrecido com que as guerras de hoje se fazem. Digam o que disserem, o Comité Nobel não está de parabens.
Quanto a Obama, está á frente de um país em que são muitas as forças que se coligaram para que um dos objectivos (entre outros) que proclamou, o tal objectivo da paz, não se concretize, pois o complexo militar-industrial americano continua de boa saúde, e recomenda-se. De qualquer modo, continuo a acreditar que a par de Franklin Delano Roosevelt e John Kennedy, será um dos três presidentes dos E.U.A. em quem os americanos, nos últimos cem anos, acreditaram que podia (e pode) mudar a face e o comportamento do seu país no concerto das nações.
OBAMA recebeu um presente envenenado da administração Bush, e agora confronta-se com outro presente envenenado: o Prémio Nobel da Paz. Não gostei do seu discurso, embora bem estruturado, mas demasiado fundamentado em factos históricos, virado para agradar a gregos e troianos, foi uma coisa que se baseou no controverso princípio da "guerra justa" ou "direito à guerra", que serve de embrulho para justificar quase tudo, desde o conceito humanitário de estar-se a fazer a guerra para alcançar a paz, ou não haver alternativa entre empunhar a espada e a capitulação, quando o orgulho nem sequer considera a opção de negociar. Verdade seja dita, se eu estivesse no seu lugar, não sei o que diria, sei lá, que via no prémio, não uma recompensa, mas sim um incentivo. Também entregaria o dinheiro a organizações de apoio a carenciados, pois aquele é dinheiro que queima, tanto ou mais que as munições de urânio empobrecido com que as guerras de hoje se fazem. Digam o que disserem, o Comité Nobel não está de parabens.
Quanto a Obama, está á frente de um país em que são muitas as forças que se coligaram para que um dos objectivos (entre outros) que proclamou, o tal objectivo da paz, não se concretize, pois o complexo militar-industrial americano continua de boa saúde, e recomenda-se. De qualquer modo, continuo a acreditar que a par de Franklin Delano Roosevelt e John Kennedy, será um dos três presidentes dos E.U.A. em quem os americanos, nos últimos cem anos, acreditaram que podia (e pode) mudar a face e o comportamento do seu país no concerto das nações.
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