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O MINISTRO dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva, quinta-feira, na “Grande Entrevista” concedida à RTP, considerou "inaceitável" que a estação haja colocado na promoção da sua entrevista uma expressão que o ministro disse numa reunião partidária, com imagens do Parlamento. Em directo, como qualquer impertinente e autoritário patrão que se preza, disse esperar desculpas da mesma televisão, as quais vieram certinhas no final do programa, isto apesar de se perceber que à falta de imagens das polémicas declarações (aquelas em que o ministro disse que gosta é de malhar), haja sido feita uma "colagem" com outras imagens do ministro no Parlamento, com o objectivo de identificar o seu autor. Resumindo: a pressão vergou a cerviz e calou a expressão.
A manifesta atitude servil que a RTP exibe face ao actual governo, teve neste episódio a sua expressão mais requintada. Está à vista de toda a gente que a bajulação descarada e as tentativas de manipular a opinião pública não ocorrem apenas quando as direcções de informação, no conteúdo e critérios dos telejornais, se não ignoram as notícias, tentem a desvalorizar umas em benefício de outras, fazem correr no rodapé considerações curtas e tendencialmente ardilosas em termos noticiosos, ou estabelecem discutíveis prioridades no seu alinhamento, transformando um meio de informação que deveria ser isento e rigoroso, em autênticas manchetes de descarada propaganda política.
Curvada e subserviente ante o poder, esta é televisão pública que temos.
O MINISTRO dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva, quinta-feira, na “Grande Entrevista” concedida à RTP, considerou "inaceitável" que a estação haja colocado na promoção da sua entrevista uma expressão que o ministro disse numa reunião partidária, com imagens do Parlamento. Em directo, como qualquer impertinente e autoritário patrão que se preza, disse esperar desculpas da mesma televisão, as quais vieram certinhas no final do programa, isto apesar de se perceber que à falta de imagens das polémicas declarações (aquelas em que o ministro disse que gosta é de malhar), haja sido feita uma "colagem" com outras imagens do ministro no Parlamento, com o objectivo de identificar o seu autor. Resumindo: a pressão vergou a cerviz e calou a expressão.
A manifesta atitude servil que a RTP exibe face ao actual governo, teve neste episódio a sua expressão mais requintada. Está à vista de toda a gente que a bajulação descarada e as tentativas de manipular a opinião pública não ocorrem apenas quando as direcções de informação, no conteúdo e critérios dos telejornais, se não ignoram as notícias, tentem a desvalorizar umas em benefício de outras, fazem correr no rodapé considerações curtas e tendencialmente ardilosas em termos noticiosos, ou estabelecem discutíveis prioridades no seu alinhamento, transformando um meio de informação que deveria ser isento e rigoroso, em autênticas manchetes de descarada propaganda política.
Curvada e subserviente ante o poder, esta é televisão pública que temos.
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