EM ITÁLIA, Silvio Berlusconi acabou por apresentar a sua demissão, e ironia das ironias, foram os “mercados” que o obrigaram a ajoelhar, provocando a sua queda (a “coisa” deixou de servir), e não a democracia a funcionar, como era suposto acontecer. Na Grécia sucedeu o mesmo.
O povo
manifesta-se, grita "liberdade", chora de alegria, faz jorrar
champanhe, mas na verdade pouco mais pode fazer do que isso. Fica a olhar, a
ver a banda passar. A escolha do novo governo e do novo primeiro-ministro são
coisas em que não vai ser ouvido nem achado. São coisas que lhe vão passar ao
lado, tal como na Grécia, onde sucedeu o mesmo.
Está na altura de
começar a perceber que está (quase) tudo nas maõs dos empórios
bancário-financeiros, e lá, como cá, são eles que determinam as orientações
governativas, são eles que fazem reclamações junto da União Europeia (e são
atendidos), são eles que fazem cair governos e primeiros-ministros, e depois,
são ainda eles que escolhem os novos artistas que sobem à ribalta, para que o
dinheiro continue a governar.
Está na altura do
povo partir a loiça!
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