O NOSSO (des)Governo, atendendo ao complicado momento de crise e austeridade que o país vive, e sempre tão prazenteiro no aconselhamento dos portugueses, para que deixem de ser piegas, façam sacrifícios, apertem o cinto e adquiram hábitos de poupança, pois gastam acima das nossas possibilidades, decidiu dar o exemplo e implementar uma patriótica medida. Esta consiste, nada mais, nada menos, que na impressão de 100 exemplares do seu Programa de Governo, em versão super luxuosa, cujo custo final foi a módica quantia de 12.000 euros, ficando cada exemplar por 120 euros, que trocados pela moeda antiga corresponde a 24 contos.
Embora saibamos que todos os governantes têm as suas caganças e pancadas (José Sócrates tinha a mania dos fatinhos por medida), pelas minhas contas, ainda pensei que meia dúzida de exemplares iriam ficar à guarda da respeitável Torre do Tombo, para satisfazerem a curiosidade dos futuros historiadores, mas parece que não. O gabinete do ministro Miguel Relvas informou que os exemplares se destinam ao uso exclusivo do Governo, ficando por explicar qual a dependência dos ministérios em que a dita obra ficará, provávelmente, para consulta das visitas, à boa maneira dos velhos códices medievais, ricamente iluminados, o ai jesus dos mosteiros. Quanto ao sítio onde depositar o cardápio, se eles quiserem eu posso avançar com uma sugestão, e não levo nada por isso...
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