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O governo anda a pedir sacrifícios aos portugueses, para superar o défice orçamental e os maus momentos por que passa a economia, porém esses sacrifícios não são extensivos a todos. Chega-nos agora a informação, via Tribunal de Contas, que no Metro do Porto, entre os membros da administração, aquilo tem sido um fartar vilanagem. Eles banqueteiam-se com prémios de gestão de 100.000 Euros, atribuídos sem qualquer aprovação e mais alambazados que os praticados nas outras empresas públicas, eles distribuem entre si cartões de crédito com chorudas dotações mensais de 1.247 Euros, mesmo para aqueles administradores sem cargos executivos, e que só lá aparecem de quinze em quinze dias para fazer prova de vida e justificarem os 4.800 Euros de vencimento, eles mandam executar obras sem concurso público, em clara violação das leis, e dão-se ao luxo, pasme-se, de participar em negócios estranhos à actividade da empresa Metro do Porto. Ora vejam lá se adivinham quem é o presidente desta entidade? Acertou! Nem mais nem menos que o senhor Valentim, mais conhecido por “batatas”, dos tempos em que “administrava” a intendência militar, ex-presidente do Boavista e da Liga de Futebol Profissional, e que agora gere o seus interesses pessoais, como autarca cativo das terras de Gondomar, grande distribuidor de electrodomésticos em tempo de eleições, ofensor-ofendido de agentes da PSP e da Brigada de Trânsito, e ainda possível arguido no processo “apito dourado”, que passou a “apito encravado” pelas razões mais que óbvias. Diz ele, impante e insolente, como sempre o conhecemos, que tudo isto não passa de manobras de quem não quer reconhecer o trabalho esforçado e diligente, de gente sacrificada, dedicada à causa pública e cumpridora da lei, que paga impostos, não tem nada a temer nem a esconder, e que portanto não pode deixar de ser condignamente remunerada. Secundou-o, reforçando o seu límpido raciocínio, e com outros tantos argumentos inabaláveis, um conceituado e perpétuo autarca socialista, de nome Narciso, que também vai mamando na tetina do Metro do Porto.
Entretanto, conforme divulgam os semanários “Expresso”e “Focus”, a EDP tem um novo assessor jurídico, de seu nome Pedro Santana Lopes, a auferir 10.000 Euros mensais, um quadro superior da GALP, admitido em 2002, sai agora com uma indemnização de 290.000 Euros, para logo a seguir ser admitido na REFER, o filho de Miguel Horta e Costa, recém-licenciado, entra na GALP com um “salário” de 6.600 Euros, o cunhado de Morais Sarmento, transfere-se da ESSO para a GALP com um “salário” de 17.400 Euros, e Ferreira do Amaral, presidente não-executivo do conselho de administração da GALP, é remunerado de forma simbólica pelas presenças com 3.000 Euros mensais, mais um complemento de 10.000 Euros em PPR.
Eis quanto custam ao bolso dos contribuintes algumas inutilidades, para somar aos outros milhares de inutilidades que fervilham por esse país fora, e que nada acrescentam ao PIB, muito antes pelo contrário.
Do outro lado estão as universidades que se começam a queixar de que estão com sérias dificuldades para pagar o 13º. mês, tanto a funcionários como ao pessoal docente, dado que nem sequer podem recorrer às suas receitas próprias, pois o Estado, de há dois anos a esta parte, cativa esses valores (para além de outros do próprio Orçamento do Estado), desrespeitando a autonomia dos estabelecimentos de ensino superior. “As universidades não são gastadoras, nem contratam pessoas em excesso. Não estamos a pedir nada para nós. Estamos a dizer que para fazer médicos, engenheiros e economistas, o dinheiro não chega”, assegura Leopoldo Guimarães, reitor da Universidade Nova de Lisboa. É evidente que estas universidades não fazem políticos, nem autarcas, nem administradores-bibelots, porque senão outro galo cantaria.
Entretanto, no meio da fartura para uns e da indigência para outros, este governo da “esquerda moderna”, desinveste em áreas vitais para a sociedade portuguesa e continua a cortar desenfreadamente em certas regalias de quem trabalha, dizendo que o mal do país é estar atulhado de gente trabalhadora com privilégios a mais. São tantas e tão chorudas as regalias que os trabalhadores portugueses desfrutam, que os pobres dos patrões, dos gestores e administradores, continuam impossibilitados de gerir e administrar as suas empresas, de forma a tornarem-nas modernas e competitivas. Este governo que anda a pedir sacrifícios aos portugueses para equilibrar a balança, esbugalha os olhos para uns e vai-os fechando para os outros, os tais que sabem como continuar a facturar regiamente, contornando as barreiras legais e os insistentes pedidos de sacrifícios. Para este governo, inovar confunde-se com reformar, o que não é exactamente a mesma coisa. Para este governo, reformar é desideologizar a acção política e governativa, levando a prosperidade a si e aos seus amigos, e deixando cair nos serviços mínimos o resto da população.
Este governo que se diz da “esquerda moderna”, é o tal que promete uma coisa para ganhar as eleições, para depois fazer o seu contrário na acção governativa. É o governo que se diz inovador e reformista, mas que na prática é o governo da degradação das condições de vida, do congelamento dos salários, da espiral do desemprego, do aumento especulativo dos preços de bens essenciais, do aumento de impostos para os que trabalham por conta de outrem, das taxas e comissões a esmo, por tudo e por nada, a par da manutenção do paraíso e das facilidades para a actividade bancária, a indústria do betão, a especulação imobiliária, e a sempre omnipresente economia paralela.
Ah, é verdade, este é também o governo da introdução dos cartões de crédito para arredondar os honorários e compensar a “rapaziada” que se anda a sacrificar no serviço público, acumulando prebendas e sinecuras, tendo para isso que prescindir de um terço da reforma, ou um terço do vencimento.
O governo anda a pedir sacrifícios aos portugueses, para superar o défice orçamental e os maus momentos por que passa a economia, porém esses sacrifícios não são extensivos a todos. Chega-nos agora a informação, via Tribunal de Contas, que no Metro do Porto, entre os membros da administração, aquilo tem sido um fartar vilanagem. Eles banqueteiam-se com prémios de gestão de 100.000 Euros, atribuídos sem qualquer aprovação e mais alambazados que os praticados nas outras empresas públicas, eles distribuem entre si cartões de crédito com chorudas dotações mensais de 1.247 Euros, mesmo para aqueles administradores sem cargos executivos, e que só lá aparecem de quinze em quinze dias para fazer prova de vida e justificarem os 4.800 Euros de vencimento, eles mandam executar obras sem concurso público, em clara violação das leis, e dão-se ao luxo, pasme-se, de participar em negócios estranhos à actividade da empresa Metro do Porto. Ora vejam lá se adivinham quem é o presidente desta entidade? Acertou! Nem mais nem menos que o senhor Valentim, mais conhecido por “batatas”, dos tempos em que “administrava” a intendência militar, ex-presidente do Boavista e da Liga de Futebol Profissional, e que agora gere o seus interesses pessoais, como autarca cativo das terras de Gondomar, grande distribuidor de electrodomésticos em tempo de eleições, ofensor-ofendido de agentes da PSP e da Brigada de Trânsito, e ainda possível arguido no processo “apito dourado”, que passou a “apito encravado” pelas razões mais que óbvias. Diz ele, impante e insolente, como sempre o conhecemos, que tudo isto não passa de manobras de quem não quer reconhecer o trabalho esforçado e diligente, de gente sacrificada, dedicada à causa pública e cumpridora da lei, que paga impostos, não tem nada a temer nem a esconder, e que portanto não pode deixar de ser condignamente remunerada. Secundou-o, reforçando o seu límpido raciocínio, e com outros tantos argumentos inabaláveis, um conceituado e perpétuo autarca socialista, de nome Narciso, que também vai mamando na tetina do Metro do Porto.
Entretanto, conforme divulgam os semanários “Expresso”e “Focus”, a EDP tem um novo assessor jurídico, de seu nome Pedro Santana Lopes, a auferir 10.000 Euros mensais, um quadro superior da GALP, admitido em 2002, sai agora com uma indemnização de 290.000 Euros, para logo a seguir ser admitido na REFER, o filho de Miguel Horta e Costa, recém-licenciado, entra na GALP com um “salário” de 6.600 Euros, o cunhado de Morais Sarmento, transfere-se da ESSO para a GALP com um “salário” de 17.400 Euros, e Ferreira do Amaral, presidente não-executivo do conselho de administração da GALP, é remunerado de forma simbólica pelas presenças com 3.000 Euros mensais, mais um complemento de 10.000 Euros em PPR.
Eis quanto custam ao bolso dos contribuintes algumas inutilidades, para somar aos outros milhares de inutilidades que fervilham por esse país fora, e que nada acrescentam ao PIB, muito antes pelo contrário.
Do outro lado estão as universidades que se começam a queixar de que estão com sérias dificuldades para pagar o 13º. mês, tanto a funcionários como ao pessoal docente, dado que nem sequer podem recorrer às suas receitas próprias, pois o Estado, de há dois anos a esta parte, cativa esses valores (para além de outros do próprio Orçamento do Estado), desrespeitando a autonomia dos estabelecimentos de ensino superior. “As universidades não são gastadoras, nem contratam pessoas em excesso. Não estamos a pedir nada para nós. Estamos a dizer que para fazer médicos, engenheiros e economistas, o dinheiro não chega”, assegura Leopoldo Guimarães, reitor da Universidade Nova de Lisboa. É evidente que estas universidades não fazem políticos, nem autarcas, nem administradores-bibelots, porque senão outro galo cantaria.
Entretanto, no meio da fartura para uns e da indigência para outros, este governo da “esquerda moderna”, desinveste em áreas vitais para a sociedade portuguesa e continua a cortar desenfreadamente em certas regalias de quem trabalha, dizendo que o mal do país é estar atulhado de gente trabalhadora com privilégios a mais. São tantas e tão chorudas as regalias que os trabalhadores portugueses desfrutam, que os pobres dos patrões, dos gestores e administradores, continuam impossibilitados de gerir e administrar as suas empresas, de forma a tornarem-nas modernas e competitivas. Este governo que anda a pedir sacrifícios aos portugueses para equilibrar a balança, esbugalha os olhos para uns e vai-os fechando para os outros, os tais que sabem como continuar a facturar regiamente, contornando as barreiras legais e os insistentes pedidos de sacrifícios. Para este governo, inovar confunde-se com reformar, o que não é exactamente a mesma coisa. Para este governo, reformar é desideologizar a acção política e governativa, levando a prosperidade a si e aos seus amigos, e deixando cair nos serviços mínimos o resto da população.
Este governo que se diz da “esquerda moderna”, é o tal que promete uma coisa para ganhar as eleições, para depois fazer o seu contrário na acção governativa. É o governo que se diz inovador e reformista, mas que na prática é o governo da degradação das condições de vida, do congelamento dos salários, da espiral do desemprego, do aumento especulativo dos preços de bens essenciais, do aumento de impostos para os que trabalham por conta de outrem, das taxas e comissões a esmo, por tudo e por nada, a par da manutenção do paraíso e das facilidades para a actividade bancária, a indústria do betão, a especulação imobiliária, e a sempre omnipresente economia paralela.
Ah, é verdade, este é também o governo da introdução dos cartões de crédito para arredondar os honorários e compensar a “rapaziada” que se anda a sacrificar no serviço público, acumulando prebendas e sinecuras, tendo para isso que prescindir de um terço da reforma, ou um terço do vencimento.