ESTE ANO, no centenário da Implantação da República Portuguesa, as comemorações iniciam-se no Porto, recordando que as sementes do novo regime começaram a germinar no Porto, com a revolta de 31 de Janeiro de 1891, acontecimento ocorrido dezanove anos antes da sua consumação de facto.
A Inês, do blog RETALHOS DE HISTÓRIA dá-nos uma curta síntese do que se passou há 119 anos.
A Inês, do blog RETALHOS DE HISTÓRIA dá-nos uma curta síntese do que se passou há 119 anos.
“Revolta do 31 de Janeiro de 1891
Onde e porquê?
No dia 31 de Janeiro de 1891 deu-se, no Porto, a 1ª tentativa de implantar a República em Portugal.
Os revoltosos estavam descontentes com a situação económico-financeira do país, com a situação social e com as decisões do governo relativas ao Ultimato Inglês de 1890, tendo por isso tentado implantar a República, através deste movimento revolucionário.
O que aconteceu?
A revolta começou na madrugada do dia 31 de Janeiro. Os soldados dirigiram-se para o Campo de Santo Ovídio (hoje em dia, Praça da República) e daí descem a Rua do Almada até à actual Praça da Liberdade. No antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, Alves da Veiga proclama o governo provisório da República, hasteando uma bandeira verde e vermelha.
Entretanto, a multidão, que já festejava, sobe a Rua de Santo António e vai em direcção à Praça da Batalha para tomar a estação de Correios e Telégrafos.
Porém, uma carga de artilharia e fuzilaria da Guarda Municipal, posicionada no topo da rua, interrompe bruscamente o cortejo, acabando por ferir tanto militares revoltosos como civis. O balanço foi de 12 mortos e cerca de 40 feridos.
Resultados
Apesar de a revolta ter fracassado, foi considerada o primeiro grande passo em direcção à Implantação da República.
Mais tarde, depois de implantada a República, o nome da Rua de Santo António foi alterado para Rua de 31 de Janeiro, em honra desta revolta e de todas as suas vítimas.”
1 comentário:
Caro Fernando Torres,
um abraço portuense, republicano e laico.
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