sábado, janeiro 30, 2010

Os Sumo-Intrujões

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BASTOU que Victor Constâncio tivesse andado por Bruxelas, a tratar do seu futuro exílio dourado, portanto, um bocado arredado dos problemas do país e das contas de mercearia em que costuma atolar-se, para que o défice, esse monstro voraz e implacável, tivesse aproveitado a distracção do sacerdote da suma-intrujice, e tivesse progredido de 9,24 para 9,30, deixando o nosso (in)Constâncio, indignado e amedrontado com tanto atrevimento, o suficiente para que ele se sentisse na obrigação de exibir um ar compungido, entre o preocupado e o assustado, sobre o lindo futuro que nos espera.
Tal como Teixeira dos Santos, também ele é verdadeiro artista que balança entre os anúncios da retoma e a persistência das dificuldades económicas, ajustando as suas declarações às necessidades político-propagandísticas do governo.

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