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Ontem, o PS veio dizer ao país que vai compensar as famílias portuguesas com 200 euros, por cada bebé que nasça em Portugal. Compensar tanto pode significar atribuir um prémio, como pode significar fazer uma reparação, a título de qualquer coisa que tenha corrido menos bem. Neste caso, a coisa não foi clarificada, logo fica a dúvida do que terá sido, mas enfim, sigamos em frente.
Entretanto, esta medida, a qual se enquadra no programa eleitoral do PS, visa 4 objectivos essenciais, a saber:
1 - Incentivar a conclusão do ensino obrigatório do nascituro, quando este atingir os 18 anos;
2 - Incutir hábitos de poupança, tanto na criança como nos seus progenitores;
3 - Apoiar o projecto de vida quando o adolescente entrar na idade adulta;
4 - Estimular a natalidade.
O PS explicou que o valor será depositado numa “conta futuro”, com benefícios semelhantes aos de uma conta poupança jovem, em nome do bebé, mas só poderá ser levantado quando o titular completar 18 anos. Os pais podem, até essa idade, reforçar a conta sempre que quiserem e durante o período obterão deduções fiscais semelhantes às que foram estabelecidas para as contas poupança reforma. Ora, o que o PS não diz é que se entretanto o Estado decidir acabar com essas deduções fiscais, o nosso IRS sofre um agravamento, agravamento esse que se torna, acto contínuo, fonte de financiamento de todos os “bebés 200 euros” do país.
Depois, levanta-se outro problema: esta medida não visa 4 objectivos mas sim 5, sendo que o quinto objectivo não é inocente e é o seguinte:
5 – Contribuir para que as “pobres” instituições financeiras da nossa praça, capturem anualmente um lote significativo, certo e garantido de poupanças a prazo, e com isso ultrapassem as grandes “dificuldades” que elas e os seus accionistas estão a atravessar.
Se nos abstrairmos do 5º objectivo e da maledicência com que o tratei, a medida, no seu conjunto, até poderia ser interessante noutro contexto (apesar dos 200 euros serem típicos de um Estado Unhas-de-Fome), isto é, se o país não estivesse a braços com ambas as crises (interna e externa), e os cidadãos não estivessem com dificuldades imediatas, quotidianas e redobradas, para enfrentarem os múltiplos problemas que daí advêm.
Assim, na minha modesta opinião, a ajuda aos cidadãos deveria efectuar-se de duas formas. A primeira, ser directa e imediata, centrando-se na defesa e estabilidade do emprego das pessoas, bem como no reforço da sua protecção em situações de desemprego. Com a segunda, assegurar um apoio coerente e eficaz ao tecido económico nacional, afinal e por excelência, a mais importante fonte de emprego e de riqueza. Não há empresas sem pessoas, assim com não há emprego sem empresas, e sem o contributo das empresas e das pessoas nunca haverá riqueza.
Assim sendo, a conclusão a que chego é que o PS, na eminência de perder as eleições, socorre-se de tudo, até da demagogia (menos Estado Providência e mais Estado Paternalista), e entrou numa orgia de distribuição e esbanjamento de dinheiros públicos, afinal dinheiro dos próprios contribuintes, o que não é nada saudável.
Depois da “geração rasca” e da “geração 500 euros”, só nos faltava esta “geração 200 euros”, que o PS enquadra no seu programa "Avançar Portugal" 2009/2013, para ficar definitivamente traçado o lindo futuro que nos espera.
Ontem, o PS veio dizer ao país que vai compensar as famílias portuguesas com 200 euros, por cada bebé que nasça em Portugal. Compensar tanto pode significar atribuir um prémio, como pode significar fazer uma reparação, a título de qualquer coisa que tenha corrido menos bem. Neste caso, a coisa não foi clarificada, logo fica a dúvida do que terá sido, mas enfim, sigamos em frente.
Entretanto, esta medida, a qual se enquadra no programa eleitoral do PS, visa 4 objectivos essenciais, a saber:
1 - Incentivar a conclusão do ensino obrigatório do nascituro, quando este atingir os 18 anos;
2 - Incutir hábitos de poupança, tanto na criança como nos seus progenitores;
3 - Apoiar o projecto de vida quando o adolescente entrar na idade adulta;
4 - Estimular a natalidade.
O PS explicou que o valor será depositado numa “conta futuro”, com benefícios semelhantes aos de uma conta poupança jovem, em nome do bebé, mas só poderá ser levantado quando o titular completar 18 anos. Os pais podem, até essa idade, reforçar a conta sempre que quiserem e durante o período obterão deduções fiscais semelhantes às que foram estabelecidas para as contas poupança reforma. Ora, o que o PS não diz é que se entretanto o Estado decidir acabar com essas deduções fiscais, o nosso IRS sofre um agravamento, agravamento esse que se torna, acto contínuo, fonte de financiamento de todos os “bebés 200 euros” do país.
Depois, levanta-se outro problema: esta medida não visa 4 objectivos mas sim 5, sendo que o quinto objectivo não é inocente e é o seguinte:
5 – Contribuir para que as “pobres” instituições financeiras da nossa praça, capturem anualmente um lote significativo, certo e garantido de poupanças a prazo, e com isso ultrapassem as grandes “dificuldades” que elas e os seus accionistas estão a atravessar.
Se nos abstrairmos do 5º objectivo e da maledicência com que o tratei, a medida, no seu conjunto, até poderia ser interessante noutro contexto (apesar dos 200 euros serem típicos de um Estado Unhas-de-Fome), isto é, se o país não estivesse a braços com ambas as crises (interna e externa), e os cidadãos não estivessem com dificuldades imediatas, quotidianas e redobradas, para enfrentarem os múltiplos problemas que daí advêm.
Assim, na minha modesta opinião, a ajuda aos cidadãos deveria efectuar-se de duas formas. A primeira, ser directa e imediata, centrando-se na defesa e estabilidade do emprego das pessoas, bem como no reforço da sua protecção em situações de desemprego. Com a segunda, assegurar um apoio coerente e eficaz ao tecido económico nacional, afinal e por excelência, a mais importante fonte de emprego e de riqueza. Não há empresas sem pessoas, assim com não há emprego sem empresas, e sem o contributo das empresas e das pessoas nunca haverá riqueza.
Assim sendo, a conclusão a que chego é que o PS, na eminência de perder as eleições, socorre-se de tudo, até da demagogia (menos Estado Providência e mais Estado Paternalista), e entrou numa orgia de distribuição e esbanjamento de dinheiros públicos, afinal dinheiro dos próprios contribuintes, o que não é nada saudável.
Depois da “geração rasca” e da “geração 500 euros”, só nos faltava esta “geração 200 euros”, que o PS enquadra no seu programa "Avançar Portugal" 2009/2013, para ficar definitivamente traçado o lindo futuro que nos espera.