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Ontem, durante uma volta pela NET tropecei num blog recente (só tem posts a partir de 20 de Julho), e que dá pelo nome de SIMplex ( http://simplex.blogs.sapo.pt/ ). É alimentado por perto de uma trintena de potenciais escrevinhadores, alguns deles com blogs próprios ou então colaboradores de outros. No manifesto dizem que "não queremos o regresso da tanga" (laranja), mas pelas amostras já disponíveis, quer-me parecer que temos ali uma brigada de indefectíveis apoiantes do PS (partido Sócrates), cheios de ânimo e dispostos a tudo para darem uma ajuda à continuidade da outra “tanga” (a rosa), enfrentando o frenesi dos próximos actos eleitorais.
Tirei à sorte um texto para exemplo, uma autêntica pérola com o título “É SimpleX, é o Xéculo XXI”, e vejamos o que um tal de Bruno Reis por lá diz:
- Diz que o PS é por um Estado melhor ao serviço de todos, mas não reconhece que durante os últimos quatro anos, Sócrates encheu-nos de propaganda, deu espectáculo a mais e governou de menos,
- Diz que o PS não ataca os funcionários públicos, médicos ou professores, o que me leva a crer que o Bruno não vive cá, não sai à rua, não lê jornais, não sabe o que se passa, coitado!
- Diz que o PSD tenciona privatizar quase tudo, o que é apenas meia verdade já que o PS, nessa matéria, se adiantou largamente, isto sem contar com as alienações de património.
- Diz que o PSD quer reduzir a despesa pública à custa de despedimentos em massa, e pergunto eu se não é isso que tem acontecido ao longo destes quatro anos, com este governo PS? O Bruno parece que não mora cá, ou então não consegue ver os números do desemprego a subirem!
- Diz que o PCP e o BE querem regressar a 1975, mas a verdade é que, muito embora as viagens no tempo sejam teoricamente possíveis, pensa-se que não é coisa para já…
- Diz que o PCP e o BE querem brincar às guerras de classes em vez de resolverem os problemas do século XXI, porém, a verdade é que não se trata de guerras, é luta de classes e não é brincadeira nenhuma. Quanto aos problemas do século XXI, esqueceu-se de dizer que eles foram importados do século XX, por obra e graça de quem tem andado a cirandar pelas cadeiras do poder, e pouco ou nada se preocupou em os solucionar.
- Diz que o PCP e o BE não previram a crise actual e não têm remédios para ela. Ai previram, previram, há muita coisa escrita a anunciá-lo, e não foram só o PCP e o BE que o fizeram. Quanto aos remédios, é simples: o PCP e o BE deram sugestões, no entanto, quem tem a chave da farmácia é o PS e não a oposição. O Bruno tem que passar a dar mais atenção à informação, escrita e oral, que por aí circula. Recordo-lhe que o século XX foi o século da informação, e este XXI já é o do conhecimento.
- Diz que o PCP e o BE são como os relógios parados que dão a hora certa duas vezes ao dia, mas esqueceu-se de dizer que os relógios do Largo do Rato só dão horas para alguns.
Finalmente, fala de coisas que não se percebe bem onde quer chegar, tal como o actual oposicionismo ser uma herança do Estado Novo por via desses heróis retroactivos da Oposição à ditadura. Ora o oposicionismo não é herança, mas sim discordância, divergência, em qualquer época e em qualquer lugar. Quanto aos heróis, é simples: foram heróis, são heróis e continuarão a sê-lo, de Portugal e dos Portugueses, quer o Bruno queira, quer não.
Conclusão: A coisa para começar não está mal, isto se o objectivo foi agradar ao “chefe”. Se não é isso, o Bruno vai ter que se esforçar um pouco mais, para fazer subir o nível do “Simplex”. No entanto, entre outras coisas, faltou falar nas promessas não cumpridas, nas promessas cumpridas às avessas, na justiça debilitada, na erosão dos salários, na pobreza, no endividamento externo, e sobretudo na divergência com a UE, prova mais do que evidente de que as grandes questões e fragilidades nacionais não foram atendidas (ou sequer revistas), são muito nossas, já vêm de longe e não vale a pena deitar as culpas para a recente crise mundial. E poderíamos continuar por aí fora, coisa e tal, etc. e tal, mas a tarefa não é fácil, sobretudo quando se trata com alguém, profundamente marcado pelas injecções socretinas, e que “parece” não conseguir conviver com a diferença de opiniões, tal é a urticária que lhe provocam os opositores, coisa que passa com umas boas colheradas, sei lá, de um suplemento do tipo “óleo de fígado de bacalhau”. E já agora faça um esforço e passe a respeitar os heróis, pois é uma postura que fica bem e não custa nada. Digam mais coisas, e longa vida ao blog. Em 27 de Setembro voltamos a conversar.
Ontem, durante uma volta pela NET tropecei num blog recente (só tem posts a partir de 20 de Julho), e que dá pelo nome de SIMplex ( http://simplex.blogs.sapo.pt/ ). É alimentado por perto de uma trintena de potenciais escrevinhadores, alguns deles com blogs próprios ou então colaboradores de outros. No manifesto dizem que "não queremos o regresso da tanga" (laranja), mas pelas amostras já disponíveis, quer-me parecer que temos ali uma brigada de indefectíveis apoiantes do PS (partido Sócrates), cheios de ânimo e dispostos a tudo para darem uma ajuda à continuidade da outra “tanga” (a rosa), enfrentando o frenesi dos próximos actos eleitorais.
Tirei à sorte um texto para exemplo, uma autêntica pérola com o título “É SimpleX, é o Xéculo XXI”, e vejamos o que um tal de Bruno Reis por lá diz:
- Diz que o PS é por um Estado melhor ao serviço de todos, mas não reconhece que durante os últimos quatro anos, Sócrates encheu-nos de propaganda, deu espectáculo a mais e governou de menos,
- Diz que o PS não ataca os funcionários públicos, médicos ou professores, o que me leva a crer que o Bruno não vive cá, não sai à rua, não lê jornais, não sabe o que se passa, coitado!
- Diz que o PSD tenciona privatizar quase tudo, o que é apenas meia verdade já que o PS, nessa matéria, se adiantou largamente, isto sem contar com as alienações de património.
- Diz que o PSD quer reduzir a despesa pública à custa de despedimentos em massa, e pergunto eu se não é isso que tem acontecido ao longo destes quatro anos, com este governo PS? O Bruno parece que não mora cá, ou então não consegue ver os números do desemprego a subirem!
- Diz que o PCP e o BE querem regressar a 1975, mas a verdade é que, muito embora as viagens no tempo sejam teoricamente possíveis, pensa-se que não é coisa para já…
- Diz que o PCP e o BE querem brincar às guerras de classes em vez de resolverem os problemas do século XXI, porém, a verdade é que não se trata de guerras, é luta de classes e não é brincadeira nenhuma. Quanto aos problemas do século XXI, esqueceu-se de dizer que eles foram importados do século XX, por obra e graça de quem tem andado a cirandar pelas cadeiras do poder, e pouco ou nada se preocupou em os solucionar.
- Diz que o PCP e o BE não previram a crise actual e não têm remédios para ela. Ai previram, previram, há muita coisa escrita a anunciá-lo, e não foram só o PCP e o BE que o fizeram. Quanto aos remédios, é simples: o PCP e o BE deram sugestões, no entanto, quem tem a chave da farmácia é o PS e não a oposição. O Bruno tem que passar a dar mais atenção à informação, escrita e oral, que por aí circula. Recordo-lhe que o século XX foi o século da informação, e este XXI já é o do conhecimento.
- Diz que o PCP e o BE são como os relógios parados que dão a hora certa duas vezes ao dia, mas esqueceu-se de dizer que os relógios do Largo do Rato só dão horas para alguns.
Finalmente, fala de coisas que não se percebe bem onde quer chegar, tal como o actual oposicionismo ser uma herança do Estado Novo por via desses heróis retroactivos da Oposição à ditadura. Ora o oposicionismo não é herança, mas sim discordância, divergência, em qualquer época e em qualquer lugar. Quanto aos heróis, é simples: foram heróis, são heróis e continuarão a sê-lo, de Portugal e dos Portugueses, quer o Bruno queira, quer não.
Conclusão: A coisa para começar não está mal, isto se o objectivo foi agradar ao “chefe”. Se não é isso, o Bruno vai ter que se esforçar um pouco mais, para fazer subir o nível do “Simplex”. No entanto, entre outras coisas, faltou falar nas promessas não cumpridas, nas promessas cumpridas às avessas, na justiça debilitada, na erosão dos salários, na pobreza, no endividamento externo, e sobretudo na divergência com a UE, prova mais do que evidente de que as grandes questões e fragilidades nacionais não foram atendidas (ou sequer revistas), são muito nossas, já vêm de longe e não vale a pena deitar as culpas para a recente crise mundial. E poderíamos continuar por aí fora, coisa e tal, etc. e tal, mas a tarefa não é fácil, sobretudo quando se trata com alguém, profundamente marcado pelas injecções socretinas, e que “parece” não conseguir conviver com a diferença de opiniões, tal é a urticária que lhe provocam os opositores, coisa que passa com umas boas colheradas, sei lá, de um suplemento do tipo “óleo de fígado de bacalhau”. E já agora faça um esforço e passe a respeitar os heróis, pois é uma postura que fica bem e não custa nada. Digam mais coisas, e longa vida ao blog. Em 27 de Setembro voltamos a conversar.
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