terça-feira, julho 28, 2009

Quatro Anos a Ver Passar Aviões

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…ou como as Novas Oportunidades (ou mais exactamente Oportunidades Sem Saída) não passam de marketing político de muito baixa qualidade, que serviram apenas para engrossar o cabaz das promessas eleitorais, com os resultados que estão à vista.

“O curso profissional de técnico de manutenção de aeronaves da Escola Secundária Gago Coutinho, em Alverca, foi apresentado numa cerimónia pública em 2006, com a presença da ministra da Educação, como um exemplo do que o programa Novas Oportunidades poderia fazer pelos mais jovens, mas até hoje falta-lhe a homologação do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).

Na prática, essa falta impede os alunos que terminam agora os três anos do curso, que lhes dá equivalência ao 12.º ano, de conseguirem um certificado de aptidão profissional que os reconheça como técnicos habilitados para repararem aviões. Pode lançar também dúvidas sobre se estes recém-formados têm ou não todas as competências necessárias para a profissão.

O porta-voz do gabinete da ministra, Rui Nunes, confirmou que o curso da Escola Secundária Gago Coutinho está por homologar, mas acrescentou que a "solução definitiva" passa por um protocolo entre o INAC e a Agência Nacional para a Qualificação (ANQ), entidade ligada ao Ministério da Educação.

Um dirigente do Sitava - Sindicato dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos confirmou também que já tinha conhecimento do problema. No entanto, Vítor Mesquita nota que a questão levará ainda muito tempo para ficar resolvida, apesar de qualquer protocolo, porque os passos definidos pela legislação comunitária nunca foram seguidos desde o início.

O próprio INAC nunca fez os manuais de certificação do curso de técnico de manutenção aeronáutica e de vários outros relativos ao transporte aéreo, apesar de ter ficado definida essa necessidade há pelo menos quatro anos.
…”
Extractos da notícia da jornalista Inês Sequeira, do jornal PÚBLICO de 27 de Julho de 2009, com o título “Manutenção aeronáutica tem técnicos ainda por reconhecer”

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