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Em 1963, seis anos antes da missão Apollo 11 efectuar a primeira alunagem em Julho de 1969, adquiri um livrinho, editado pela Bertrand, da colecção Documentos de Todos os Tempos, da autoria de Wernher Von Braun e com sugestivas ilustrações de Fred Freeman, com o título OS PRIMEIROS HOMENS NA LUA. À época, custou-me 45 escudos, uma autêntica fortuna para quem como eu, ganhava menos de 500 escudos mensais. Era uma tradução muito cuidada de Madeira Rodrigues, de uma obra editada pela Holt, Rinehart and Winston, de New York, em 1958, com o título FIRST MEN TO THE MOON, e que havia sido inicialmente publicada em artigos pela This Week Magazine.
A obra faz uma antecipação, tão bem documentada e com tanto rigor, de como se processaria uma missão tripulada até ao nosso satélite, que consegue ultrapassar a mera ficção de antecipação, para se transformar num competente escrito de divulgação científica. Fascinado, li e reli as suas 102 páginas, vezes sem conta. Talvez por isso, foram muitas as vezes que me apanharam com a cabeça na Lua…
Retenho também a dedicatória que Von Braun fez da obra às suas duas filhas, nos seguintes termos:
“À Íris e Margrit, que viverão num mundo onde os voos à Lua serão banais”.
As missões lunares, não tiveram tempo nem oportunidade para se tornarem banais. Duraram apenas três anos. Em Dezembro de 1972, coube à missão Apollo 17, tripulada por Eugene Cernan, Ronald Evans e Harrison Schmitt, ter sido a última vez que homem pisou a superfície lunar.
Em 1963, seis anos antes da missão Apollo 11 efectuar a primeira alunagem em Julho de 1969, adquiri um livrinho, editado pela Bertrand, da colecção Documentos de Todos os Tempos, da autoria de Wernher Von Braun e com sugestivas ilustrações de Fred Freeman, com o título OS PRIMEIROS HOMENS NA LUA. À época, custou-me 45 escudos, uma autêntica fortuna para quem como eu, ganhava menos de 500 escudos mensais. Era uma tradução muito cuidada de Madeira Rodrigues, de uma obra editada pela Holt, Rinehart and Winston, de New York, em 1958, com o título FIRST MEN TO THE MOON, e que havia sido inicialmente publicada em artigos pela This Week Magazine.
A obra faz uma antecipação, tão bem documentada e com tanto rigor, de como se processaria uma missão tripulada até ao nosso satélite, que consegue ultrapassar a mera ficção de antecipação, para se transformar num competente escrito de divulgação científica. Fascinado, li e reli as suas 102 páginas, vezes sem conta. Talvez por isso, foram muitas as vezes que me apanharam com a cabeça na Lua…
Retenho também a dedicatória que Von Braun fez da obra às suas duas filhas, nos seguintes termos:
“À Íris e Margrit, que viverão num mundo onde os voos à Lua serão banais”.
As missões lunares, não tiveram tempo nem oportunidade para se tornarem banais. Duraram apenas três anos. Em Dezembro de 1972, coube à missão Apollo 17, tripulada por Eugene Cernan, Ronald Evans e Harrison Schmitt, ter sido a última vez que homem pisou a superfície lunar.
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